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e pregai o evangelho."
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Lição da Escola Sabatina
Marcas de um mordomo
VERSO PARA MEMORIZAR: “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1Co 4:1, 2).

LEITURAS DA SEMANA: Hb 11:8-12; Rm 4:13, 18-21; Mt 6:24; Hb 9:14; 1Jo 5:2, 3; Lc 16:10-12
O mordomo é c
onhecido por sua marca ou sinal distintivo, assim como as grandes empresas são conhecidas por seus logotipos ou marca comercial. Na verdade, muitas pessoas se tornaram famosas transformando-se em uma marca comercializável.
A marca, ou o sinal de um mordomo cristão, é um reflexo do amor de Cristo mediante seu relacionamento com Ele. Quando vivemos e praticamos os traços de caráter de Jesus, revelamos nossa marca. Nossa marca é Sua marca; nossa identidade está associada à Dele (1Co 6:17).
Nesta semana estudaremos os traços de caráter distintivos dos mordomos de Deus. Esses traços formam a sua marca. Eles nos inspiram a aguardar o retorno de Jesus e a realizar o trabalho que nos foi confiado como mordomos fiéis de Sua verdade. Cada característica descreve o relacionamento cada vez mais profundo que podemos ter com Aquele que veio buscar e salvar os perdidos. Quanto mais essas qualidades forem estudadas, mais profundamente elas serão enraizadas em nós. O amoroso caráter de Deus, em toda sua dinâmica, vai se tornar a nossa marca e influenciará cada aspecto da nossa vida, hoje e eternamente.
Sábado à Tarde
Ano Bíblico: Lv 8-10

Ano Bíblico: Lv 11, 12
Domingo
Fidelidade

"Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1Co 4:2). Lutar e vencer “o bom combate da fé” (1Tm 6:12) é fundamental para um mordomo fiel. Deus é “fiel” e assim devemos ser mediante Sua atuação em nós. Ser fiel significa permanecer firme pelo que sabemos ser o certo, especialmente no momento mais violento de nossas batalhas espirituais.
Os conflitos espirituais entre o certo e o errado, o bem e o mal, certamente ocorrerão. Eles fazem parte da luta da fé. O que caracteriza os mordomos em toda situação é sua decisão de ser fiel. Se você tem a tendência de amar as riquezas, certifique-se de permanecer fiel a Deus e prestar atenção ao que Ele diz sobre os perigos do amor ao dinheiro. Se o desejo pela fama é o seu problema, permaneça fiel ao que a Palavra de Deus revela sobre a humildade. Se você luta contra pensamentos sensuais, permaneça fiel às promessas de santidade. Se sua luta é em relação ao poder, permaneça fiel ao que Deus afirma sobre ser servo de todos. Muitas vezes, a decisão de ser fiel ou infiel é feita em uma fração de segundo, mesmo que as consequências sejam eternas.

1. Leia Hebreus 11:8-12, 17-19 e Romanos 4:13, 18-21. O que esses versículos nos ensinam sobre a fidelidade?

Em hebraico, “fiel” vem da palavra que significa confiar. Dessa mesma raiz hebraica procede a palavra “amém”, cujo significado é ser “sólido” ou “firme”. Ser fiel significa que fomos testados e provados, mas permanecemos firmemente comprometidos com o plano de Deus.
Preparando-se para falar diante do imperador, o reformador Martinho Lutero “leu a Palavra de Deus, examinou seus escritos e procurou redigir sua resposta de maneira apropriada […]. Aproximou-se das santas Escrituras […] e, com emoção, colocou a mão esquerda sobre o volume sagrado. Levantando a mão direita para o céu, jurou permanecer fiel ao evangelho e confessar livremente sua fé, mesmo que tivesse que selar seu testemunho com sangue” (H. Merle d’Aubigné, History of the Reformation [História da Reforma]; Nova York: The American Tract Society, 1846, v. 2, livro 7, p. 260).

Leia Apocalipse 2:10. Em nossa caminhada com o Senhor, o que significa ser “fiel até a morte”?
Ano Bíblico: Lv 13, 14
Segunda-feira
Lealdade

2. “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6:24). O que esse texto ensina sobre a suprema importância da lealdade a Deus?

Saber que o nome de Deus significa “zeloso” (Êx 34:14) deve representar para nós um forte chamado à lealdade ao nosso Deus “zeloso”, que tem o sentido de lealdade no amor. Na luta da fé, a lealdade ajuda a definir quem somos e nos incentiva a permanecer na batalha.
Nossa lealdade é importante para Deus (1Rs 8:61). Ela não é um contrato que tenta prever todas as eventualidades; nem é apenas uma lista de regras. É, antes, a expressão visível de nossas crenças pessoais, fé e compromisso.

3. Leia 1 Crônicas 28:9. Qual é a importância da lealdade?

Contudo, onde há lealdade, há a possibilidade de traição. A lealdade, assim como o amor, deve ser livremente oferecida, ou não é lealdade verdadeira. Na guerra, as tropas da linha de frente às vezes são forçadas a permanecer e lutar; caso contrário, seus oficiais mandariam matá-las. Esses homens podem cumprir seu dever, mas não necessariamente por lealdade. Esse não é o tipo de lealdade que Deus nos pede.
Pense em Jó. Ele não previu os eventos catastróficos que destruíram sua família, seus bens e sua saúde. Ele poderia ter desistido de confiar, amar e manter seu compromisso com Deus. Porém, sua lealdade foi inabalável. Honesto e sem medo de louvar a Deus publicamente, ele pronunciou as famosas palavras: “Embora Ele me mate, ainda assim esperarei Nele” (Jó 13:15, NVI). A fidelidade de Jó diante do desastre é a essência da lealdade, e ilustra os mordomos fiéis em sua melhor forma.

Pergunte a si mesmo: sou leal ao Senhor que morreu por mim? De que maneira posso revelar melhor essa lealdade?

Ano Bíblico: Lv 15, 16
Terça-feira
Consciência limpa

Há muitas coisas preciosas que podemos possuir. Saúde, amor, amigos, uma família maravilhosa: todas essas coisas são bênçãos. Mas talvez uma das mais importantes seja a consciência limpa.

4. Leia Hebreus 10:19-22 e 1 Timóteo 4:1, 2. O que significa ter uma “má consciência” e uma “consciência cauterizada”?

Nossa consciência funciona como um monitor interno de nossa vida exterior. A consciência precisa se ligar a um alto e perfeito padrão: a lei de Deus. O Senhor escreveu Sua lei no coração de Adão, mas o pecado quase a apagou (não apenas nele, mas também em seus descendentes). Restaram apenas fragmentos da lei. “[Os gentios] mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-­lhes também a consciência” (Rm 2:15). Jesus venceu onde Adão fracassou porque a lei de Deus estava “dentro do [Seu] coração” (Sl 40:8).

5. Leia Hebreus 9:14. De acordo com Paulo, qual é a única solução para a má consciência? Assinale a alternativa correta:
A.(  ) O sangue de Jesus derramado por nós.
B.(  ) Fazer penitências a fim de receber o perdão.

“A câmara da consciência, coberta de teia de aranha, deve ser adentrada. As janelas do ser devem ser fechadas em direção da Terra e escancaradas para o Céu, a fim de que os brilhantes raios do Sol da justiça tenham livre acesso […]. A mente deve ser mantida clara e pura para que possa distinguir entre o bem e o mal” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 327, 328). Quando a lei de Deus é escrita no coração do cristão (Hb 8:10), e ele, pela fé, procura seguir essa lei, o resultado é uma consciência limpa.

Manter o foco em Jesus e em Sua morte na cruz o ajuda a se livrar da maldição da “má consciência”?
Quarta-feira
Ano Bíblico: Lv 17-19

Obediência

Em obediência, Abel se ajoelhou diante do altar, segurando a oferta do cordeiro como Deus tinha ordenado. Caim, por outro lado, ajoelhou-se furiosamente diante de seu altar, segurando o fruto. Ambos trouxeram ofertas, mas apenas um havia obedecido ao mandamento de Deus. O cordeiro morto foi aceito, mas o fruto da terra foi rejeitado. Ambos os irmãos compreendiam o significado e as instruções relacionadas à oferta de sacrifícios, mas apenas um obedeceu ao que o Senhor havia ordenado (Gn 4:1-5).
“A morte de Abel foi consequência da recusa de Caim em aceitar o plano de Deus na escola da obediência, para ser salvo pelo sangue de Jesus Cristo, simbolizado pelas ofertas sacrificais que apontavam para Cristo. Caim recusou-se a derramar o sangue que tipificava o sangue de Cristo, o qual seria derramado pelo mundo” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1237).
A obediência começa na mente. Ela envolve o processo delicado de aceitar mentalmente a responsabilidade de executar ordens dadas por um superior. A obediência decorre de um relacionamento com uma figura de autoridade e da disposição de obedecer a ela. No caso do relacionamento com Deus, a obediência é uma ação voluntária e de amor, que molda nosso comportamento para com as obrigações morais. A obediência a Deus deve ser tão específica quanto Ele ordena, e não somente como pensamos ou desejamos que ela seja. O caso de Caim é um exemplo perfeito de alguém fazendo a própria vontade em vez de fazer o que Deus pede.

6.Leia 1 João 5:2, 3; Romanos 1:5; 10:16, 17. O que a obediência significa para os cristãos salvos pela fé, independentemente das obras da lei? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.(  ) Significa que amamos ao Senhor.
B.(  ) Significa que somos forçados a servir ao Senhor.

Não obedecemos para ser salvos, mas porque fomos salvos. A obediência é a declaração prática de uma fé virtuosa. Samuel disse a Saul: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à Sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1Sm 15:22).

O que Samuel quis dizer com as palavras “obedecer é melhor do que sacrificar”? Como isso nos ajuda a não cair no falso evangelho da “graça barata”?
Ano Bíblico: Lv 20-23
Quinta-feira
Digno de confiança

7. Leia Lucas 16:10-12. O que significa ser digno de confiança? Por que essa característica é tão importante para um mordomo fiel? Assinale a alternativa correta:
A.(   ) Ser confiável em todas as coisas, começando pelas coisas pequenas.
           Assim, Deus nos confiará as coisas mais importantes.
B.(   ) Ser honesto apenas para com as pessoas da minha igreja.

O princípio da confiabilidade é visto na Bíblia. Quatro guardas levitas eram encarregados de proteger o santuário do Antigo Testamento à noite. Eles deviam guardar os aposentos repletos de tesouros, bem como as chaves para abrir as portas todas as manhãs (1Cr 9:26, 27). Eles recebiam essa tarefa porque eram considerados dignos de confiança.
Ser digno de confiança é uma marca de um bom mordomo. Os mordomos fiéis compreendem o significado de sua função; eles entendem que Deus é digno de confiança e buscam imitá-Lo (Dt 32:4; 1Rs 8:56).
A confiabilidade implica uma série de traços de caráter que demonstram maturidade. Ela é o mais alto nível de caráter e competência que uma pessoa pode alcançar aos olhos dos observadores. Refletir o caráter de Deus significa fazer o que afirmamos que faremos, independentemente das circunstâncias ou de pressões contrárias (2Rs 12:15).
Daniel foi considerado digno de confiança por monarcas de dois reinos mundiais. Sua reputação como conselheiro que destemidamente transmitia sabedoria e verdade aos reis opunha-se diretamente àquela dos adivinhos e dos mágicos da corte. A confiabilidade é a joia da coroa da ética; ela exibe seus princípios morais da maneira mais pura. Essa qualidade em um mordomo não aparece “do dia para a noite”, mas surge ao longo do tempo, à medida que somos fiéis mesmo nas pequenas coisas.
As pessoas percebem se somos, ou não, dignos de confiança. Elas confiarão em nós se perceberem que não somos influenciados por opiniões, modismos nem lisonjas. Ser digno de confiança é uma demonstração do desempenho do nosso caráter em todas as nossas responsabilidades; um teste para o Céu. “Devemos ser súditos fiéis do reino de Cristo, dignos de confiança, para que os que são mundanos possam ter uma imagem fiel das riquezas, bondade, misericórdia, compaixão e cortesia dos cidadãos do reino de Deus” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 190).

Pense em alguém confiável. Essa pessoa pode ajudar você a ser mais confiável?
Ano Bíblico: Lv 24, 25
Sexta-feira
Estudo adicional

Outra característica de um bom mordomo é a responsabilidade individual. “Sempre tem sido o desígnio de Satanás afastar a mente do povo, de Jesus para o homem, e destruir a responsabilidade individual. Satanás fracassou em seu desígnio quando tentou o Filho de Deus; porém, foi mais bem-sucedido quando veio ao homem decaído. O cristianismo se corrompeu” (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 213).
Tendo Cristo no centro do nosso ser, estamos abertos à Sua orientação. Como resultado, nossa fé, lealdade, obediência, consciência limpa, confiabilidade e responsabilidade individual serão reveladas em nossa vida. Assim, tornamo-nos plenos nas mãos de Deus (Sl 139:23, 24).
A responsabilidade individual é um princípio bíblico essencial. Enquanto esteve na Terra, Jesus foi responsável perante o Pai (Jo 8:28). Somos responsáveis por toda palavra frívola que pronunciamos (Mt 12:36; leia também Lc 12:48). Porém, a maior ameaça à responsabilidade individual é a tendência de transferir nossas responsabilidades para outra pessoa. “Não é nossa propriedade particular que é confiada a nós para investimento. Se fosse, poderíamos reivindicar poder arbitrário sobre ela; poderíamos transferir nossa responsabilidade para os outros e deixar nossa mordomia com eles. Todavia, não pode ser assim, porque o Senhor nos fez individualmente Seus mordomos” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 177).

Perguntas para discussão
1. Um mordomo deve ter responsabilidade individual, confiabilidade, obediência e consciência limpa. Qual é a relação entre elas? A negligência em uma área leva à negligência nas outras? A fidelidade em uma área pode levar à fidelidade nas outras?
2. As promessas do evangelho podem ajudar aqueles que estão lutando com a “má consciência”? Quais promessas eles podem reivindicar?
3. Muitas vezes vemos o conceito de “lealdade” como algo bom. Mas é sempre assim? Podemos ser leais a alguém ou algo que não é bom? Por que o conceito de “lealdade” deve ser sempre entendido num contexto específico, para que verifiquemos se essa lealdade é boa ou inapropriada?
Marcos 16:15